quarta-feira, 11 de julho de 2012

Eu,ele,nós.

Ele toca a campainha e nem precisa pedir para ficar.

Sabe o caminho do quarto, brinca com as cachorras, come meu brigadeiro e sabe que não pago canal combate.

Prefere o lado da cama que está grudado com a parede então faço bico, deixo roubar meu lugar, afinal, rouba os meus sorrisos.
Não abre a porta do carro, mas abre os braços a hora que for.

Coloca meu cantor favorito para tocar e espera qualquer reação só para me olhar como o maior cafajeste do planeta, daqueles que eu desprezo.

Mas você eu prezo.

É quem me socorre no trânsito quando estou perdida, rindo me lembra que não estou na selva, apenas em São Paulo e que não é preciso ter medo. E como eu teria se você está do outro lado?

É menino. É homem.
Talvez seja por isso que faz com que coisas simples sejam especiais e não me deixa escapar pelos dedos.

Mas escapa.

É então que me deixa feito menina contrariada, mas por pouco tempo, afinal não temos tempo para dramas mexicanos e discussões dignas de relacionamentos. Não temos tempo a perder, preferimos nos perder por aqui, por lá.

Rimos da inconstância alheia porque já cansamos de rir da nossa.

E se perguntam de nós, a resposta é rápida: não há.

Não precisamos de tantos.
Temos apenas um que nos mantém desde sempre.
No sempre de cada olhar e de todo sorriso de canto de boca.