segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Quando ela disse "vem".


Hoje eu não te esperei no portão, não passei seu perfume favorito e não disse seu nome.
Fiz tudo novo.
Esqueci seu endereço, esqueci o seu perfume e conheci novas estradas.

A escuridão se fez luz. E já não era mais aquela que antes estava no fim do túnel, ela vem de dentro, agora ela reluz em mim.
Permiti que a vida me abraçasse para que então eu pudesse abraçá-la.
Pois é.
Pedi carinho e ela me deu, sem reclamar do quanto eu estivesse chata ou parecesse agitada demais, falante demais, reclamona demais.
Ela me disse que eu sou linda e que a jornada está recomeçando.
Ela me mostrou que há brilho nos meus olhos e em outros olhos, que sorrisos podem ser espontâneos e que adora minha mania de mexer nos cabelos.
Disse também que hoje sou mulher.Não banco minhas contas, mas me banco, me conheço, me transformo. Por mim e por ela.
Hoje o telefone tocou e não era você. Me dei conta que assim estava mais feliz, afinal, era ela.

Estava me chamando pra ver o sol e me lembrando do valor que está em um “frio na barriga”. Aqueles de primeiro encontro,  como não sentia há muito tempo.
Encontro comigo mesma e com alguém que não é você, porque o perfume não enjoa, a voz não cansa e faz dessa estrada um caminho mais bonito.


quarta-feira, 11 de julho de 2012

Eu,ele,nós.

Ele toca a campainha e nem precisa pedir para ficar.

Sabe o caminho do quarto, brinca com as cachorras, come meu brigadeiro e sabe que não pago canal combate.

Prefere o lado da cama que está grudado com a parede então faço bico, deixo roubar meu lugar, afinal, rouba os meus sorrisos.
Não abre a porta do carro, mas abre os braços a hora que for.

Coloca meu cantor favorito para tocar e espera qualquer reação só para me olhar como o maior cafajeste do planeta, daqueles que eu desprezo.

Mas você eu prezo.

É quem me socorre no trânsito quando estou perdida, rindo me lembra que não estou na selva, apenas em São Paulo e que não é preciso ter medo. E como eu teria se você está do outro lado?

É menino. É homem.
Talvez seja por isso que faz com que coisas simples sejam especiais e não me deixa escapar pelos dedos.

Mas escapa.

É então que me deixa feito menina contrariada, mas por pouco tempo, afinal não temos tempo para dramas mexicanos e discussões dignas de relacionamentos. Não temos tempo a perder, preferimos nos perder por aqui, por lá.

Rimos da inconstância alheia porque já cansamos de rir da nossa.

E se perguntam de nós, a resposta é rápida: não há.

Não precisamos de tantos.
Temos apenas um que nos mantém desde sempre.
No sempre de cada olhar e de todo sorriso de canto de boca.


quinta-feira, 21 de junho de 2012

And after all...


Guarda esse sorriso, eles não enxergam metade do que esses dentes branquinhos refletem.

Na verdade, eles não enxergam nada, exatamente como você quer que seja.

Tão difícil ter cada movimento desvendado, cada beijo no nariz retribuído e horas e mais horas apenas me olhando nos olhos sem precisar dizer nada, afinal, eu sei de tudo, sempre soube.

Às vezes me pergunto, ela sabe que quando você fica nervoso sente falta de ar? Ele tem bronquite, mocinha da semana par.  E tem mais, não adianta, ele não vai provar seu bolo, não come doce porque engorda mas quando você virar as costas ele vai cheirá-lo sem que ninguém perceba sua neura.

Inclusive, não adianta implicar com suas horas na academia, muito menos com o cabelo que resolveu não cortar, ele acha que isso o faz mais bonito e agradeça por não ter andado de mãos dadas no shopping quando ele cismava que bonito mesmo é quando penteia todo para trás.

Gostaria de saber, desde quando você gosta de meninas de batom vermelho? Anda mudado, ou melhor, não anda porque parou.

Hoje te vi passar, mas não te enxerguei, talvez não fosse você. Aquele você de quem eu ria das piadas e conversava enquanto tomava banho.

Mudou de carro? Sempre te disse para deixar o insufilm escuro, claro demais você se sente observado como num aquário e não consegue cantar como se fosse o Noel.

Ah, o Noel. Sempre nossa companhia quando os sonhos eram altos. E pelo visto, altos demais.

Nossos planos se perderam meu bem,  nós nos perdemos.

E agora ninguém consegue nos encontrar, nem nós.

domingo, 10 de junho de 2012

Depende de quem passa.


Tem os que apertam a campainha e saem correndo, tem os que pedem pra ficar, tem os que queremos que “tomem mais uma xícara de café”mas se vão e finalmente, os que ficam porque querem.

Os que despertam a menina, os que despertam a mulher e os que despertam a culta e até a pentelha.

Aqueles que só valem o momento, os que valem o mês, os que valem uma volta no shopping e o melhor de todos: os que valem uma madrugada toda sem dormir, lembrando e sorrindo.

Meu favoritismo é pelos que dão vontade de acordar e não fazer nada, apenas ter brilhos nos olhos, vontade de andar descalça na grama ou na areia da praia e jogar conversa fora. Daqueles que fazem a vida valer porque tem um perfume inigualável de vida.

Também tem os que te puxam pra maior presepada da vida, os do tipo carona com desconhecido. 

Mas nada como os que te chamam pra dançar na chuva, ir de pijama na padaria, passear com os cachorros e encontrar borboletas brancas ou vagalumes nas noites de inverno.

Todos os dias deveriam valer a pena, mas sempre tem aquele que a gente para olhar e assiste ao anoitecer. Depende de quem passa.

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Bolsa de mulher.


O que cabe na bolsa de uma mulher?

Encontros e desencontros, trilhas, trilhos, sorrisos, amigos.

Também cabe batom, espelho, lixa de unha, apegos, desapegos e falta de sossego.

Posso dar um jeito e ainda fazer caber momentos inesquecíveis, frases marcantes, olhos brilhantes, apelidos, saudades do que já foi e do que não será.

Às vezes pode ser também que caibam muitos amores, sejam eles amados todos de formas diferentes ou até mesmo de intensidade semelhante.

Em algumas bolsas tem espaço para cabeludos do tipo desleixados com barba, já em outras só cabem engravatados que falam sem usar gírias.

Não se pode esquecer que sempre cabem muitas lágrimas, sejam elas de crocodilo ou daquele tipo de dor no coração que ninguém mais sente, que sufoca e nos faz passar mal, que só uma taça de vinho e mil lembranças rasgadas no chão da sala nos faz dormir.

Numa bela bolsa de mulher não pode faltar também preocupações, responsabilidades e dietas da moda guardadas ao lado de muitos chocolates, misturadas a imensa vontade de não ter celulites e ao mesmo tempo ter que ficar até às 22 horas na mesma posição na mesa do escritório, sem tempo pra ser mais nada, porque ser nós mesmas já dá um “trabalhão”.

Afinal, tem que caber dinheiro, pois sem ele não existem planos, viagens, realizações, e claro, compras!

Levamos histórias, segredos e anseios.
Passado, presente e futuro.

Medos e insônias, mas também muito prazer em viver, gargalhadas intermináveis, amizades duradouras, amores perfeitos, imperfeitos e quem sabe o sapato que estamos “paquerando” há tempos na vitrine.

Neste acessório misterioso seja ele o tamanho que for, nunca nos esquecemos de carregar experiências de menina no corpo de mulher, que vira e mexe está atrasada, esquece a bolsa em casa e se perde como uma criança.

domingo, 27 de maio de 2012

Enquanto você não chega.


Com suas brincadeiras de moleque, você me deixou uma marquinha embaixo do olho como um “vazinho” que estourou. Deve ter sido me beliscando ou lambendo a minha cara para tirar meu blush, com todo aquele “jeito” que você não tem, esquecendo-se da força que de fato você não imagina que possui, ainda mais sobre mim.

Sua metade tem inteira importância. Mas hoje passo corretivo e finjo que ela não existe.

A marquinha e você.

Você que me obrigou a ser inteira e eu querendo ser só metade. Metade de você. Inteira por você, por mim, por nós.

Para com essa bobeira de fingir que não enxerga que eu cai naquelas pedras pequenas da pista de “cooper” do clube e estou com meu joelho todo ralado, vem assoprar e me levar no colo até aquele banquinho de madeira.

Vem, me dá a mão. O caminho é longo e a estrada é cheia de curvas, eu não quero me perder, não aqui, não agora. Fica pra sempre, como você me prometeu.
Sem você o mar está sempre gelado, o caminho da praia é triste e mesmo que esteja sol, sempre está frio.

A gente segue existindo e todo mundo já percebeu, inclusive você, assim como eu.

Cansei de brincar de esconde – esconde, brinca um pouquinho de pega – pega porque eu sei que você gosta, e só eu sei. Passa a mão na minha cintura e diz que eu estou gordinha, só pra eu te olhar fazendo bico e você dizer: “ah bebê, você fica tão bonitinha brava”.

E depois, como sempre, fazer todas as minhas vontades. Mesmo que sem comer meus doces feitos com tanto carinho, por causa das suas dietas malucas.

Prometo ver você jogar videogame e tomar seus “shakes” que você diz não fazer mal e ter proteína sem reclamar. Porque assim eu vou poder gritar pro mundo inteiro, que com todos os pesares e apesares eu prefiro mil marquinhas no meu rosto desde que você tire esse arranhão do meu coração.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Quando entrar feche a porta.


Seu amor bateu a porta da rua, foi para não voltar, mas bem estava ali, sempre lá.

Os olhos se fecharam para que um choro incontido manifestasse toda a dor daquele momento, para sempre. Era preciso expurgar pelos olhos e cada poro a saudade do que não viria e a tristeza do não restou, aquele sorriso que não seria mais visto pelos que apenas tinham capacidade de olhar, mas se quer viam.

Qualquer descontração em uma noite de verão camuflava os gritos dos que não enxergavam o coração partido, que então passou a te buscar.

Acredite no que digo, te encontro todas as manhãs, tardes e noites. Talvez seja o vício no seu perfume favorito ou a necessidade das suas mãos tão macias sob as minhas costas, ou apenas segurando as minhas mãos para que eu não caia diante dos meus tropeços - inclusive, só você sabe o quanto é difícil para que eu caminhe sozinha.

O jeito de ser de tão ausente está presente.
Sempre por perto no movimento dos carros, nas pessoas que cruzam a avenida indo para seus trabalhos, nos atletas matinais que buscam equilíbrio, nos almoços em família, no cinema com os amigos, na nossa música favorita, mas nunca ao meu lado.

A menina que sempre caminhou no escuro confortável da sua sombra foi exposta ao sol do meio dia e a claridade é tanta que não consegue enxergar além do que vê.

Agora os olhos marejados não acompanham o movimento intenso da vida além desta porta, eles apenas continuam te acompanhando, por onde você não anda, onde você já não está.

Disse adeus e fechou a porta, mas amanhã quando for hora de acordar para existir por mais um dia, sei que vai estar aqui no mesmo lugar de onde nunca partiu.

domingo, 13 de maio de 2012

vazio do que? cheio porque?

Hoje acordei e foi diferente. Após noites e noites rodeada de luzes coloridas, gente bonita e vazio.
Vazio nos lugares mais cheios de São Paulo.

Bateu vontade de ser cheia. Mas cheia de que mesmo?
Não lembro.

As luzes eram realmente lindas, infinitamente coloridas, e eu que só queria alguém para me colorir.
Sair do preto e branco comendo a pizza mais gostosa do mundo no sofá e rindo da vida, rindo que o mundo lá fora jamais saberia o que passa aqui dentro, rindo porque tudo ficaria mais lindo porque você está.

Talvez eu só queira tomar um chocolate quente, passear no parque e andar de bicicleta.
Ou só precise de um porre.

Eu acenei e te dei oi.
Só um minuto por favor, quem é você?

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Pouco "inox", por favor!


Tem sempre aquele tipo de pessoa que vive na panelinha de arroz, remexendo, requentando, recalcando.

O sonho da minha mãe era aquela bendita panela de cozinhar arroz que você liga na tomada e ela faz o resto, cozinha e não deixa queimar, tudo para ninguém ficar cutucando o fundo da Tramontina dela de alumínio e tirar o “inox”.

Contudo, conheço várias pessoas que não só raspam o “inox” como comem e dizem que gostam.
Arroz com “inox”? EU QUE NÃO!
Se o arroz acabou, não adianta cutucar, tem que fazer mais.

E o amor?
Se o amor acabou...  Acabou!

Digo por mim e por você, quem quer cutucar sempre vai ferir apenas o fundo do próprio coração, que nem “inox” tem para protegê-lo.

Enquanto isso, o outro (que não está “nem ai” para a sua panela e muito menos para o seu chororô) está ouvindo seus próprios desejos e viajando para a praia com a mesma trilha sonora que curtia com você quando o feriado chegava, e eu aposto que àquela a quem você chama de “vagabunda” nem cozinhar sabe – mas para esse detalhe, só você dá atenção!

Esse amor “errado” (digo errado porque não é recíproco e amar sozinho é ruim demais), logo vai embora, acredite, é só deixar passar, deixar fluir, deixar rolar.
Isolar suas lembranças, camuflar na maior “cara de pau”, que o maldito some! Porque quem não guarda em uma caixinha não sorri, e quem não sorri não atrai o novo, o belo, o feio e muito menos o moreno com sorriso de cafajeste.

Se você acredita que ainda pode viver de misérias, continue com seu arroz tradicional, digo mais, prefira o “integral” com aquele maravilhoso gosto de alpiste, mas sempre “bem feitinho”, com tempero de “inox” e o que mais vier na sua colherada.

Porque seja no resto de amor ou no resto de arroz, lá no fundo, o que sobra sempre está queimado.

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Opa, lá vem ela!


Abro meu vidro e te mando um beijo meu bem, que nem é mais meu, e nem me faz bem.

Estendo minha mão direita bem aberta e movimento como a Miss Mundo faria em um desfile, acredite ela acena e indica: você está no passado - Afinal, tudo que não é, já foi. O que não perdura, satura, cansa, gasta, não cresce e morre.

Não foi fácil encontrar o caminho de casa, parei em vários postos de gasolina para perguntar o caminho, tantas e tantas vezes me perdi, sempre na loucura de tentar me encontrar, e finalmente encontrei.

Inclusive não encontrei mais aquela menina que chorava pelos cantos, e que implorava para ser bonita diante dos seus olhos, encontrei uma mulher que sorri para o mundo e que é linda por existir, exatamente do jeito que é, mas que também acorda de mau humor as segundas feiras e manda os indesejáveis a “puta que pariu”, sem medo de ser ela, sem medo de ser toda dela.

Meu esmalte vermelho representa exatamente como eu sou, ou melhor, em quem você contribuiu para que eu fosse e me fez um bem enorme – Intensa.

Não digo intensa no sentido vulgar de ser, e muito menos sou do tipo de gente que faz apelos feministas. Digo intensa no que acredito e sem medo de ser feliz, esteja onde estiver essa felicidade, afinal, não há mais necessidades de muletas para caminhar, minhas pernas (não tão malhadas como daquelas que você olha pelo retrovisor carro com suas calças justíssimas) fazem muito bem seu papel, caminham em um trilho certo, na trilha exata.

De tanto questionar esqueci que as respostas estavam dentro de mim, camufladas talvez, mas sempre tão óbvias. Ser o que sou é viver, não se trata de um simples existir, muito menos sobreviver, é se doar a quem mais merece a minha atenção, é não precisar provar nada a ninguém.

Máscaras não cabem mais nesta história, tampouco os contos de fada dos quais insistimos viver. É hora de ser mais, é tempo de ser eu, e quanto a você, seja o que quiser - Mas seja! Não hesite!

Apenas não esqueça que sorrir demais não é sinônimo de felicidade, chorar demais não é sinônimo de fraqueza, mas cerveja todo dia engorda e mulher feia é como frango à passarinho, por mais que você adore, quando come em público fica com vergonha de se sujar.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Tem alguém ai?


E mesmo que te olhasse bem no fundo dos olhos, não poderia te enxergar.

Será que havia deixado de viver?

Parecia filme, que agora era mais ficção do que romance no melhor estilo “Drew Barrymore”. Garanto, inclusive,  que não era DVD nem Blu Ray, era uma daquelas fitas onde gravávamos várias coisas por cima e por cima até não saber de fato o conteúdo original.

Acreditava-se que fosse outro alguém, e de fato era.

Era alguém que não tinha brilho, não tinha sorriso, não tinha beleza, não tinha carinho, não tinha calma, não tinha descanso. Alguém que escolheu existir, já que viver custa tempo demais, orgulho demais autoafirmação demais, emoção demais, realidade demais. Tudo demais, intenso, real.

Daquelas pessoas que não cantam no carro para não parecerem bobas aos olhos dos alheios, ou que deixam de demonstrar algum tipo de sentimento para se provar suficiente, correto e decidido, mesmo diante de tanta falta, confusão e indecisão.

A cabeça que foi feita para pensar deu lugar ao coração que resolveu ser rebelde.

Rebelde porque nem por um minuto deixou que sua razão se manifestasse da forma que você teria desejado e planejado durante tanto tempo, por um instante você brilhou em meio à multidão, ou melhor, talvez sua razão tenha se rendido – caso preferir chame isso de vida, imprevisível mas que costuma nos trazer surpresas boas, quando estamos sem um “script” de macho ideal para seguir.

Contudo, não se preocupe talvez ninguém tenha percebido.

Pois já que quem te conhece pelo avesso não consegue mais te enxergar em alta definição pela falta de brilho, iluminação, cor e contraste, imagine aqueles no máximo colocam “zoom” em Tekpix vagabunda.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Cheio de que?


E logo a gente, que tinha todos os planos ajustados, com datas e decoração, não teve a perspicácia de saber: às vezes, o amor foi feito pra acabar.

Deveríamos aprender desde pequenos que assim como as plantinhas e as formiguinhas tinham seu ciclo de vida, o amor também nasce, floresce e morre – e incrivelmente não morre ao mesmo tempo em que o do outro. Tamanha bobagem essa.

É mais que certo, o amor deveria vir com manual.

O manual deveria descrever todos os efeitos colaterais desse calor e tempestade, avisando em letras garrafais: APÓS O PRIMEIRO SORRISO SINCERO, E CAPACIDADE DE COMUNICAÇÃO APENAS COM O OLHAR, CAUSA DEPENDÊNCIA. Não aquela dependência como a de drogas, mas sim a de perfume, de carinho, de piscadinhas sarcásticas, piadinhas sem graça, de ligações inesperadas e daquele sorriso... Aquele sorriso.

Pode parecer banal, mas às vezes me pego sorrindo, como se a qualquer instante você fosse me enganar, dizendo que não viria me ver, porque eu estava com dor de garganta e poderia te passar, ou que não estava com vontade de assistir pela milésima vez “Amor pra Recordar”, porque eu fico muito feia quando choro. Mas o que gostava mesmo era de ouvir meus gritinhos histéricos pedindo por atenção, dizendo ser a pessoa mais infeliz do mundo quando você não estava, só para entrar no meu quarto dando um grito bem alto e ter uma ótima desculpa pra dormir no meu travesseiro, já que seu peito era meu.

Era meu por “n” motivos que qualquer menininha dessas que você anda encontrando cheias de “vazio” nunca vai descobrir, porque quem sabe exatamente onde fica seu coração para cochilar ao som das suas batidas, era ela, aquela cheia de “tudo”, que você julgou ser vazia e agora seu amor não bate mais na porta.

Dos planos mais lindos, as noites mais malucas. Malucas porque não fazem o menor sentido para quem queria apenas mais um filminho de “água com açúcar” depois do “Altas Horas”, só para pedir um pouquinho mais da sua presença, já que as últimas 14 horas não teriam sido suficientes pra te encher, lotar, e infelizmente te saturar de amor.

Saturar.

Palavrinha mágica essa que indica o fim do ciclo da vida desse “bichinho” que se alimenta de si mesmo, que faz a gente esperar sempre mais cinco minutinhos antes de começar a se arrumar para encontrar o vazio da noite, que sempre está cheio de gente, que é exatamente onde você não está.

E resta a dúvida, será que de tanto vazio que a vida acabou por nos impor, você finalmente se sentiu cheio?

quinta-feira, 8 de março de 2012

Ela - O dia dela.

Parabéns para você que independente de como está o dia lá fora leva um "casaquinho", que trabalha mesmo quando está com cólica, que acredita no amor mesmo quando desacreditaram no seu, que tem a capacidade de saber que o outro está mentindo e mesmo assim finge um sorriso de "Ok, eu acredito!", que responde a "sms" que não deveria e depois chora no banho, que é mãe,filha,mulher,amiga. Você que todo mês passa uma semana se perguntando sobre o risco de colocar uma roupa clara, que quando está acima do peso chora e jura que é o último "chocolatinho", que fica feliz quando é agradada mas lembra para sempre caso não seja.
Meus parabéns!
Você usa sutiã e não reclama, chega cansada após um dia de trabalho e mesmo assim faz a janta.
Ela que vai até a casa da amiga apenas para ouví-la contar a mesma velha história e ainda a acalma dizendo que "vai matar o desgraçado!".
Parabéns as guerreiras que criam sozinhas seus filhos, colocam a comida na mesa, zelam pela educação de sua prole, e dá todo seu amor. Tudo isso de salto agulha e perfumadas.
E claro, não se pode esquecer dos homens que também merecem os "parabéns", já que mesmo diante da simplicidade, racionalidade e objetividade de seus pensamentos, estão ao lado de Seres sonhadores e muitas vezes inconstantes, e mesmo assim admitem que não vivem sem elas.



FELIZ DIA INTERNACIONAL DA MULHER PARA TODAS NÓS.