quinta-feira, 21 de junho de 2012

And after all...


Guarda esse sorriso, eles não enxergam metade do que esses dentes branquinhos refletem.

Na verdade, eles não enxergam nada, exatamente como você quer que seja.

Tão difícil ter cada movimento desvendado, cada beijo no nariz retribuído e horas e mais horas apenas me olhando nos olhos sem precisar dizer nada, afinal, eu sei de tudo, sempre soube.

Às vezes me pergunto, ela sabe que quando você fica nervoso sente falta de ar? Ele tem bronquite, mocinha da semana par.  E tem mais, não adianta, ele não vai provar seu bolo, não come doce porque engorda mas quando você virar as costas ele vai cheirá-lo sem que ninguém perceba sua neura.

Inclusive, não adianta implicar com suas horas na academia, muito menos com o cabelo que resolveu não cortar, ele acha que isso o faz mais bonito e agradeça por não ter andado de mãos dadas no shopping quando ele cismava que bonito mesmo é quando penteia todo para trás.

Gostaria de saber, desde quando você gosta de meninas de batom vermelho? Anda mudado, ou melhor, não anda porque parou.

Hoje te vi passar, mas não te enxerguei, talvez não fosse você. Aquele você de quem eu ria das piadas e conversava enquanto tomava banho.

Mudou de carro? Sempre te disse para deixar o insufilm escuro, claro demais você se sente observado como num aquário e não consegue cantar como se fosse o Noel.

Ah, o Noel. Sempre nossa companhia quando os sonhos eram altos. E pelo visto, altos demais.

Nossos planos se perderam meu bem,  nós nos perdemos.

E agora ninguém consegue nos encontrar, nem nós.

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