quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Um sonho, como não?



Foi como o encontro de quem nunca se desencontrou, e sim lidou apenas com uma distância momentânea e inacabada.

Valeu a espera, mas o que valeu mesmo foi a vontade de ser livre e querer estar bem ali e, não em mais nenhum outro lugar.
Afinal, quantos lugares já rodamos até aqui? Quantos momentos já vivemos esperando o acaso nos trouxesse esse momento?

Você me olhou com toda ternura e amor, e mal sabe como eu esperava há tempos.
Eu te olhei profundamente, como se pudesse te ver do avesso, e vi.
Esse avesso que completa o meu.

Suas palavras foram tão doces quanto seus beijos.
Sua respiração tão aliviada quanto a minha.
Seu semblante tão sereno quanto aos dias mais lindos que só nós enxergávamos.
E ali a paz se instaurou e acalmou.

Acalmou toda pressa, acalmou todo medo, acalmou toda expectativa, acalmou todos os anos, acalmou todo desencontro, acalmou todo destino e pranto.

Então acordei, e percebi que tudo isso não passava de um sonho, mas tive a certeza de que aquela sensação não deveria passar e nem seria justo, porque meus um metro e cinquenta e poucos cabem perfeitamente nos seus um e oitenta e muitos, porque quando você entrelaçava seus dedos nos meus, meus sonhos eram nossos e os seus também, deixando a realidade muito próxima da fantasia.


E então, antes de colocar meus pés no chão para mais um dia que estava por vir, me questionei: porque não fazer dessa sensação um pouco de real e sorrir como quem teve a oportunidade de te ver, te rever, te reviver?

Pois é, sonhei com você.

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