quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Um sonho, como não?



Foi como o encontro de quem nunca se desencontrou, e sim lidou apenas com uma distância momentânea e inacabada.

Valeu a espera, mas o que valeu mesmo foi a vontade de ser livre e querer estar bem ali e, não em mais nenhum outro lugar.
Afinal, quantos lugares já rodamos até aqui? Quantos momentos já vivemos esperando o acaso nos trouxesse esse momento?

Você me olhou com toda ternura e amor, e mal sabe como eu esperava há tempos.
Eu te olhei profundamente, como se pudesse te ver do avesso, e vi.
Esse avesso que completa o meu.

Suas palavras foram tão doces quanto seus beijos.
Sua respiração tão aliviada quanto a minha.
Seu semblante tão sereno quanto aos dias mais lindos que só nós enxergávamos.
E ali a paz se instaurou e acalmou.

Acalmou toda pressa, acalmou todo medo, acalmou toda expectativa, acalmou todos os anos, acalmou todo desencontro, acalmou todo destino e pranto.

Então acordei, e percebi que tudo isso não passava de um sonho, mas tive a certeza de que aquela sensação não deveria passar e nem seria justo, porque meus um metro e cinquenta e poucos cabem perfeitamente nos seus um e oitenta e muitos, porque quando você entrelaçava seus dedos nos meus, meus sonhos eram nossos e os seus também, deixando a realidade muito próxima da fantasia.


E então, antes de colocar meus pés no chão para mais um dia que estava por vir, me questionei: porque não fazer dessa sensação um pouco de real e sorrir como quem teve a oportunidade de te ver, te rever, te reviver?

Pois é, sonhei com você.

domingo, 31 de agosto de 2014

O que não falta, sobra.

Ele era só um menino. Ela era só uma menina.
Ela tinha alguns medos. Ele tinha alguns sonhos.
Ele tinha alguns medos. Ela tinha alguns sonhos.
Nessa via de mão dupla, quem passava via de longe a felicidade quando sonhos e medos colidiram, alegrias e tristezas se compensaram, amizade e paixão se encontraram, beleza e ternura deram as mãos (e entrelaçaram os dedos!)

Hoje não se vê o que faltou, só o que sobrou.
Sobrou amor, sobrou um sorriso solitário.
E como o que não falta sobra, sobrou...
Tanta saudade.

domingo, 18 de maio de 2014

Mude-se.


A sensação de mudar a direção é infinitamente mais intensa que mudar o caminho.
Caminhos mudamos todos os dias, mas para onde ir vai além.

Dá saudade da estrada, do vento, do cheiro, das pessoas, dos momentos, mas … a necessidade de ir bate à porta.

Abandonar os velhos hábitos, as velhas roupas, as velhas vontades e deixar o novo entrar.
Apagar as velhas mágoas, os velhos medos e abrir os braços para este mundo que pede para invadir o seu.

Deixe ir quem não deseja mais ficar, deixe ficar quem ainda quer estar e mude-se quando tiver que se mudar.

E então deixe a felicidade entrar.

domingo, 30 de março de 2014

A mulher da sua vida pede socorro!



Cara, ouça o que te digo: você está perdendo a mulher da sua vida!

Ela pediu para eu te avisar, eu até tentei, mas você se perdeu na chuva, no trabalho, no calor da emoção, na cerveja com os amigos, no ápice do orgulho, e as vezes até quem sabe em sorrisos vazios e assim não consigo chegar até você, mas ela pede socorro.

Ela pede para você não esquecer de todos os dias que acordou ao seu lado te achando o homem mais bonito do mundo mesmo descabelado, de todas as vezes que deixou a blusa mais larguinha com os ombros a mostra e você achou que estava diante da mulher mais sexy que este mundo todo poderia ver mas só você podia tocar.

Olha para mim, você ainda pode, tudo isso é dela, tudo isso é seu, tudo é de vocês, é do amor da sua vida!

Não se esqueça das tardes passeando de carro, das viagens, dos lanchinhos da madrugada, dos programas de televisão favoritos, de cada ida ao cinema e também de cada briga.
Dos dias que as 7 da manhã ela foi te ver antes de ir trabalhar apenas para carregar um pouco do seu perfume durante o dia e não se esqueça jamais: ela pede socorro, ela pede você!

Não deixa esse amor morrer, cara!
Tento te fazer escutar: abra esse coração e os ouvidos, seja uma pessoa gentil como é, veja bem, só vale se for você!

Lembra aquelas tardes na praia? Aquelas jantinhas feitas pelas mãos dela?
Aquilo era amor, rapaz!
Larga disso e chega mais!

Leva seu sorriso e seu melhor abraço, o resto Deus sabe o que faz!
Vocês merecem sorrir juntos, não espere nenhum minutinho a mais.


quarta-feira, 26 de março de 2014

Até dia primeiro.

Até dia primeiro serei uma pessoa melhor.
Até dia primeiro serei alguém mais forte em relação ao que me cerca e faz mal.
Até dia primeiro colocarei minha cabeça no lugar.
Até dia primeiro emagrecerei o suficiente para ficar bem naquele vestido bacana.
Até dia primeiro colocarei em ordem todos meus trabalhos de faculdade.
Até dia primeiro me despedirei das "fugidinhas"com o glúten.
Até dia primeiro tomarei mais água.
Até dia primeiro passarei a frequentar as aulas de pilates, natação e tudo que me prometa a tal da vida saudável.
Até dia primeiro serei mais mulher e deixarei um pouco minha menina de lado.
Até dia primeiro você será só você e eu apenas eu.
Até dia primeiro farei aquele "tour" por São Paulo que me prometo há anos.
Até dia primeiro revelarei todas as minhas fotos antigas e guardarei onde ninguém possa as ver.

Por vários anos o dia primeiro chegou e a lista só cresce.
Por vários anos pontos finais tornaram-se reticências.
Por vários anos esqueci de lembrar e lembrei de esquecer.

Nessa brincadeira de prazos que a vida impõe cerramos expectativas e perdemos a corrida contra nós mesmos.

Quem foi mesmo que disse que dia primeiro é o deadline?
Não para ela, e nem para mim.

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Quando ela disse "vem".


Hoje eu não te esperei no portão, não passei seu perfume favorito e não disse seu nome.
Fiz tudo novo.
Esqueci seu endereço, esqueci o seu perfume e conheci novas estradas.

A escuridão se fez luz. E já não era mais aquela que antes estava no fim do túnel, ela vem de dentro, agora ela reluz em mim.
Permiti que a vida me abraçasse para que então eu pudesse abraçá-la.
Pois é.
Pedi carinho e ela me deu, sem reclamar do quanto eu estivesse chata ou parecesse agitada demais, falante demais, reclamona demais.
Ela me disse que eu sou linda e que a jornada está recomeçando.
Ela me mostrou que há brilho nos meus olhos e em outros olhos, que sorrisos podem ser espontâneos e que adora minha mania de mexer nos cabelos.
Disse também que hoje sou mulher.Não banco minhas contas, mas me banco, me conheço, me transformo. Por mim e por ela.
Hoje o telefone tocou e não era você. Me dei conta que assim estava mais feliz, afinal, era ela.

Estava me chamando pra ver o sol e me lembrando do valor que está em um “frio na barriga”. Aqueles de primeiro encontro,  como não sentia há muito tempo.
Encontro comigo mesma e com alguém que não é você, porque o perfume não enjoa, a voz não cansa e faz dessa estrada um caminho mais bonito.


quarta-feira, 11 de julho de 2012

Eu,ele,nós.

Ele toca a campainha e nem precisa pedir para ficar.

Sabe o caminho do quarto, brinca com as cachorras, come meu brigadeiro e sabe que não pago canal combate.

Prefere o lado da cama que está grudado com a parede então faço bico, deixo roubar meu lugar, afinal, rouba os meus sorrisos.
Não abre a porta do carro, mas abre os braços a hora que for.

Coloca meu cantor favorito para tocar e espera qualquer reação só para me olhar como o maior cafajeste do planeta, daqueles que eu desprezo.

Mas você eu prezo.

É quem me socorre no trânsito quando estou perdida, rindo me lembra que não estou na selva, apenas em São Paulo e que não é preciso ter medo. E como eu teria se você está do outro lado?

É menino. É homem.
Talvez seja por isso que faz com que coisas simples sejam especiais e não me deixa escapar pelos dedos.

Mas escapa.

É então que me deixa feito menina contrariada, mas por pouco tempo, afinal não temos tempo para dramas mexicanos e discussões dignas de relacionamentos. Não temos tempo a perder, preferimos nos perder por aqui, por lá.

Rimos da inconstância alheia porque já cansamos de rir da nossa.

E se perguntam de nós, a resposta é rápida: não há.

Não precisamos de tantos.
Temos apenas um que nos mantém desde sempre.
No sempre de cada olhar e de todo sorriso de canto de boca.