domingo, 27 de maio de 2012

Enquanto você não chega.


Com suas brincadeiras de moleque, você me deixou uma marquinha embaixo do olho como um “vazinho” que estourou. Deve ter sido me beliscando ou lambendo a minha cara para tirar meu blush, com todo aquele “jeito” que você não tem, esquecendo-se da força que de fato você não imagina que possui, ainda mais sobre mim.

Sua metade tem inteira importância. Mas hoje passo corretivo e finjo que ela não existe.

A marquinha e você.

Você que me obrigou a ser inteira e eu querendo ser só metade. Metade de você. Inteira por você, por mim, por nós.

Para com essa bobeira de fingir que não enxerga que eu cai naquelas pedras pequenas da pista de “cooper” do clube e estou com meu joelho todo ralado, vem assoprar e me levar no colo até aquele banquinho de madeira.

Vem, me dá a mão. O caminho é longo e a estrada é cheia de curvas, eu não quero me perder, não aqui, não agora. Fica pra sempre, como você me prometeu.
Sem você o mar está sempre gelado, o caminho da praia é triste e mesmo que esteja sol, sempre está frio.

A gente segue existindo e todo mundo já percebeu, inclusive você, assim como eu.

Cansei de brincar de esconde – esconde, brinca um pouquinho de pega – pega porque eu sei que você gosta, e só eu sei. Passa a mão na minha cintura e diz que eu estou gordinha, só pra eu te olhar fazendo bico e você dizer: “ah bebê, você fica tão bonitinha brava”.

E depois, como sempre, fazer todas as minhas vontades. Mesmo que sem comer meus doces feitos com tanto carinho, por causa das suas dietas malucas.

Prometo ver você jogar videogame e tomar seus “shakes” que você diz não fazer mal e ter proteína sem reclamar. Porque assim eu vou poder gritar pro mundo inteiro, que com todos os pesares e apesares eu prefiro mil marquinhas no meu rosto desde que você tire esse arranhão do meu coração.

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